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TERAPIA OCUPACIONAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: A CONSTRUÇÃO DE UMA PRÁTICA

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Os cursos de Terapia Ocupacional no Brasil passam por fortes transformações com as mudanças curriculares em desenvolvimento nos últimos anos. Novas demandas e áreas de atuação surgem a partir de contextos específicos onde os cursos se inserem, mas também há exigências profissionais de adequação da formação em saúde ao modelo de atenção proposto pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

Este artigo apresenta uma experiência de estágio curricular na perspectiva da Atenção Primária à Saúde, fruto da necessidade de uma formação integral e adequada ao estudante. O campo de estágio surge das experiências de ensino, pesquisa e extensão iniciadas em 2005 e se desenvolve em um bairro da cidade de Salvador, na Bahia.

Esta prática se dirige para as pessoas com deficiência, identificadas em uma pesquisa inicial, mas não se restringe a elas. Assim, num primeiro momento, os alunos identificam as pessoas com deficiência dentro de uma micro-área, avaliam as condições de vida e saúde e planejam ações que vão do âmbito domiciliar ao bairro. Em um segundo momento, as ações são de base territorial e pressupõem a criação de grupos terapêuticos e de educação em saúde, oficinas de arte e geração de renda, fóruns de discussão sobre a deficiência, participação em eventos no bairro e na cidade, relacionados ou não à situação das pessoas com deficiência, a fim de levar a discussão sobre a deficiência para outros espaços de negociação e tomada de decisão.

Esta experiência tem sido importante para alunos, supervisores e técnicos do serviço no que tange à construção de uma prática de atenção às pessoas com deficiência, fora dos muros das instituições de reabilitação tradicionais, condizente com as limitações e possibilidades próprias de um determinado local.