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Curso de Educação Física reúne terapeutas de Práticas Interativas e Complementares

O encontro propôs o diálogo entre as diversas terapias de promoção à saúde.

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A Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública reuniu, no dia 29 de outubro, profissionais e usuários de Práticas Interativas e Complementares (PICs) com o objetivo de fomentar um diálogo para fortalecer as diversas terapias de promoção à saúde. Com o título “Somaestética: diálogos em PICs”, o encontro foi uma iniciativa do curso de Educação Física e contou com a presença de terapeutas dessa área e de musicoterapia, aromaterapia, cristaloterapia e biodança.

As PICs abrangem sistemas médicos complexos e recursos terapêuticos que buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde, por meio de tecnologias eficazes e seguras. Entre as PICs mais conhecidas, estão a homeopatia, fitoterapia, Reiki, cromoterapia, cristaloterapia, acupuntura e outras que, inclusive, já são aceitas pelo Sistema Único de Saúde.

     
“A ideia foi mostrar como cada prática pode contribuir para a promoção da saúde", explicou o professor do curso de Educação Física e coordenador do evento, Paulo Rodrigo Aristides, que apresentou o tema ‘Práticas integrativas e complementares – dilemas, perspectivas e posicionamento político e social’. "Nós temos uma demanda social que é de um olhar diferenciado daquele modelo biomédico ultrapassado em que se vê apenas os indicadores biomédicos que dizem se a pessoa está saudável ou doente. Já passamos disso e queremos avançar, entendendo a parte sensível do ser humano, a parte espiritual, transcendental. Dentro da nossa prática, temos buscado essa ampliação do olhar", relatou o professor.

A programação também trouxe como palestrantes Marcelo da Paixão Alves, com o tema “Cura vibracional sensorial: o poder dos instrumentos musicais”; Adriano Mendes que abordou a temática “Pedras e cristais como ferramentas para o equilíbrio integral”; Psicoaromaterapia, com a terapeuta Telma Insuela e “Biodança: resgatando a integralidade do ser”, com Cláudia Brito. Após as falas, os terapeutas fizeram demonstrações práticas de suas linhas de atuação com os participantes.

Para o palestrante convidado e terapeuta holístico, Adriano Mendes, ainda há uma resistência nas pessoas que procuram e no próprio sistema de saúde quanto às PICs. “Infelizmente não vejo, ainda, acesso ao SUS de forma profissional para práticas como cristaloterapia. Uma pena, pois não apenas a utilização de pedras e cristais, mas de outras terapias complementares de saúde, podem melhorar nosso sistema, especialmente no que diz respeito à prevenção de doenças”.
     
Sobre a possibilidade de discutir em uma instituição de ensino a importância das PICs para a promoção da saúde, ele ressalta: “esse tipo de evento é de fundamental importância para romper as resistências dos pesquisadores médicos e instigá-los a estudar as PICs ao invés de simplesmente as descartarem sem a atenção devida. Como refutar algo sem estudar seu objeto de atuação? Não vejo essas atitudes como científicas”.

Para Rosimere Santos, participante do evento e terapeuta de Reike, “a atividade foi altamente qualificada em relação ao nível de diversidade de práticas e ao potencial dos palestrantes envolvidos, visto que houve uma abordagem nos diversos níveis sensoriais (auditivo, tátil e olfativo). Muito relevante a abertura, em que o palestrante Rodrigo trouxe a atual situação política das práticas no SUS e a regulamentação na Comissão Nacional de Classificação (CONCLA)."