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Diretora da Bahiana é eleita diretora financeira da ABEM

Eleição aconteceu durante o 52º COBEM.

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A diretora da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública Maria Luisa Carvalho Soliani passa agora a integrar a comissão diretora da Associação Brasileira de Educação Médica, sendo responsável pelo setor financeiro. A eleição da nova diretoria aconteceu durante o 52º Congresso Brasileiro de Educação Médica, realizado em Joinville de 31 de outubro a 3 de novembro. Desde o ano passado, a Dra. Maria Luisa Carvalho Soliani já integrava o Conselho Fiscal da ABEM.

Confira entrevista sobre a participação da Bahiana no 52º COBEM e como a nossa instituição se destaca entre as escolas médicas brasileiras.


Dra. Maria Luisa Carvalho Soliani 

 

 - A senhora foi eleita com diretora tesoureira da nova chapa da ABEM. Por que é importante para a Bahiana estar presente na ABEM?

Dra. Maria Luisa Carvalho Soliani - A Bahiana é muito respeitada dentro do movimento de educação médica e, estar presente na diretoria da ABEM, é um reconhecimento do seu papel nas discussões sobre formação médica no Brasil. 

 

- Por que é importante realizar um evento voltado para o ensino médico?

Dra. Maria Luisa Carvalho Soliani - Este evento é realizado anualmente há 52 anos e é muito importante para o aprimoramento de ensino médico. Participam dele estudantes e professores de medicina, residentes, escolas médicas, entidades ligadas à área da saúde, gestores públicos, além de representantes do MS e do MEC. Nele, é discutido o processo de ensino e aprendizagem, são realizadas oficinas para capacitação de professores e estudantes, temas do momento relativos à educação médica têm espaço para amplo posicionamento dos atores envolvidos e também são realizados fóruns como o de diretores e coordenadores de curso e o de pedagogos e psicopedagogos ligados ao ensino médico.

 

- Qual a contribuição da Bahiana nesse processo de reflexão sobre uma nova formação? Como foi a participação da Escola nessa edição do COBEM?

Dra. Maria Luisa Carvalho Soliani - A Escola Bahiana participa intensamente do movimento de educação médica, desde a criação da ABEM, tendo inclusive sediado dois congressos brasileiros aqui na Bahia, um em 1975 e outro em 2008, na comemoração dos 200 anos da criação da primeira escola médica do Brasil. Sempre temos uma presença expressiva nos congressos com participação de muitos professores e alunos. Neste último COBEM tivemos cerca de 20 participantes, apresentamos pôsteres e participamos de mesas. Nós temos contribuído com nossa experiência que é considerada inovadora sobre muitos aspectos, não só porque conseguimos iniciar a implantação das diretrizes curriculares de 2001, no mesmo ano em que foram promulgadas, encontrando soluções novas para a re-estruturação da matriz curricular, mas, também pela utilização de metodologias de ensino ativas e criativas, com participação e capacitação intensa dos professores e um programa de acompanhamento do processo de ensino e aprendizagem, também inovador, com a criação da supervisão acadêmico-pedagógica e do NAPP, em 2000, Somos considerados referência nacional em vários desses programas. 

- “As Escolas Médicas como Transformadoras da Sociedade” foi o tema do Congresso. Como a senhora entende o papel das escolas médicas no Brasil de hoje?

Dra. Maria Luisa Carvalho Soliani - Elas têm um papel importantíssimo na formação dos novos médicos que o Brasil tanto precisa e, por isso, precisam discutir amplamente as novas diretrizes curriculares e implementá-las o mais rapidamente possível. Nossa escola, inclusive, já está fazendo as pequenas modificações necessárias para se adaptar. Este novo médico a ser formado deve ter um compromisso com a sociedade e uma responsabilidade social muito bem sedimentados durante sua formação, com uma visão ampla dos determinantes sociais e políticos da saúde, estando preparado para atuar nos diversos níveis de atenção à saúde com um olhar e uma atitude humanista, para além dos conhecimentos científicos e técnicos sólidos.  Portanto, formar esses profissionais para o sistema de saúde de nosso país é o compromisso das escolas médicas com a transformação da sociedade.


- Quais pontos discutidos no congresso a senhora destacaria e que podem refletir de forma concreta na formação do estudante de medicina?

Dra. Maria Luisa Carvalho Soliani - Dois pontos muito importantes foram as discussões sobre as novas diretrizes curriculares e os novos contratos organizativos que devem gerir as relações entre as instituições de ensino e os responsáveis pelos cenários de prática. Eles refletirão diretamente na formação dos estudantes.