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Relação com antepassados e ancestrais foi discutida em encontro sobre Constelações Familiares

Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública recebeu precursor do método no Brasil

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A Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública recebeu, no dia 29 de agosto, a visita de um dos mais importantes nomes da Constelação Familiar no SUS, o médico e autor do livro "Adoção: como alcançar sucesso", Dr. Renato Schaan Bertate para a palestra "Constelações Familiares: uma introdução às novas constelações Original Hellinger" que aconteceu no Campus Cabula da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, em parceria com o Fortunato Desenvolvimento Humano.

Por cerca de 3 horas, o constelador, como é denominado o terapeuta de Constelação Familiar, apresentou um panorama histórico da metodologia criada pelo alemão Bert Hellinger, com o intuito de localizar e remover bloqueios nos relacionamentos familiares que possam causar problemas que estejam obstruindo o fluxo da compreensão e da paz. Ela pode ser desenvolvida nas áreas da saúde, jurídica, empresarial, educacional, assim como nas profissões em conflito encontradas nas organizações, povos e culturas.

     
Segundo Renato Schaan Bertate, todos temos um sentimento de pertencer a uma família, com a qual aprendemos como nos comportar para que nos sintamos aceitos e amados, sendo então parte dessa família que é um sistema: “Temos também o campo de trabalho. Temos uma vida profissional na qual cada área tem o seu sistema”. Ele explica que cada sistema tem regras, valores e crenças: “O que Bert Hellinger descobriu é que existem leis que regem esses sistemas, o que ele chama de ordem do amor”.

De acordo com o alemão, três leis regem o bom funcionamento dos sistemas: a lei do pertencimento, a lei de dar e receber e a lei de hierarquia do tempo: os mais antigos vêm primeiro. “Diferentemente da consciência pessoal, que olha para o indivíduo, a consciência sistêmica é regida por essas leis que têm como finalidade preservar, perpetuar, levar adiante os sistemas”, pontua o palestrante.

Como atividade de encerramento, Renato mediou uma vivência em que os participantes divididos em grupo puderam por em prática a constelação, representando entes associados aos seus problemas.

A pedagoga Lucy Góes da Purificação conta que já participa de vivências de constelações há algum tempo: “Todas as vivências que eu fiz foram muito profundas, então decidi fazer o curso para me aprofundar mais. Para mim, está sendo uma experiência extraordinária”. Ela diz que hoje atua com políticas públicas para o desenvolvimento da igualdade racial.

“Eu penso em pensar essa política pública em uma perspectiva sistêmica de inclusão, porque nós, durante muito tempo, excluímos os escravizados. Os indígenas também foram excluídos desse sistema. Toda a perspectiva que temos foi desenvolvida a partir dos homens brancos que vieram para o Brasil. Dessa forma, eu penso: esse país pode crescer?”, questiona Lucy.