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Bahiana integra a pintura em aulas de Fisioterapia

Disciplina Estudos do Movimento II ganha ferramenta inovadora e auxilia estudantes no entendimento do sistema musculoesquelético.

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1. Concepção, proposição e/ou realização de algo novo – oposto de manutenção 2. Coisa nova; novidade. A definição de Inovação do Houaiss esqueceu apenas de dizer que, para inovar, não é preciso complicar. Imbuída desse espírito "inovador" que permeia um sentimento comum na Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, a professora do curso de Fisioterapia, Ana Lúcia Góes, vem transformando as aulas da disciplina Estudo do Movimento II em um misto de galeria de arte e laboratório de anatomia humana.

Durante a aula, os alunos são divididos em grupos e escolhem entre eles um que servirá de modelo vivo. Dessa forma, em seu corpo são pintados com tinta solúvel em água, áreas do sistema musculoesquelético. A partir daí, ao movimentar o corpo, os estudantes têm uma noção mais precisa de como aquele conjunto de músculos atua.

A nova técnica foi idealizada pela própria professora Ana Lúcia Góes que desejava promover uma visualização em três dimensões dos movimentos musculoesqueléticos que ocorrem no interior do corpo. "Eu pesquisei algumas iniciativas semelhantes que estão sendo feitas em outras universidades com pinturas, com artistas plásticos, e pensei em adequar essa visão de pintar o corpo de uma forma mais acessível. Os alunos concordaram com a ideia e então usamos a tinta guache que é uma coisa que limpa e sai fácil. Tem sido uma experiência interessante", pontua a idealizadora. 

     

Segundo ela, após algumas aulas, já foi possível perceber a melhora no entendimento do conteúdo. "Como vi que eles estavam entendendo mais a localização dos músculos e como o funcionamento acontecia, eu comecei a apresentar movimentações reais, onde eles pudessem elaborar melhor o conteúdo e o conhecimento. Eles estão muito mais participativos e conseguem discutir e também explicar mais claramente como o movimento funciona. É outra percepção e, por isso, eu realmente fiquei mais empolgada para dar continuidade".

A estudante Ana Tereza Linhares destaca que o novo método agrega valor, a partir do momento que complementa o livro. "Eu achei que foi bastante interessante porque não ficamos presos só no livro e a gente sente no próprio corpo onde os músculos estão e podemos discutir com os colegas”, pontua Ana Tereza.

A colega Alana Santana Menezes Barbosa aponta a visualização do movimento como grande ganho do novo método de ensino. "A gente consegue ver exatamente onde estão os músculos e imaginar o movimento deles e as contrações através das fibras que a gente desenhou, temos noção de espaço e onde cada um está".