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II Fórum de Juventudes acontece na Bahiana

Evento é promovido pelo Centro de Atenção à Juventude (CAJU).

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“O Fórum de Juventudes é parte de um processo de implantação do Centro de Atenção à Juventude (CAJU). É uma etapa em que convidamos a juventude para dialogar conosco, uma vez que, nosso objetivo é ter essa juventude representada nesse evento, com o intuito de saber o que eles pensam e sentem  em relação aos sete temas elencados, indo desde Sexualidade e Gênero até Consumo de Substâncias  Psicoativas”, relata a coordenadora do CAJU, professora do curso de Psicologia da Bahiana, Maria Beatriz, no II Fórum de Juventudes, realizado na última sexta-feira, dia 6 de novembro, na Unidade Acadêmica Cabula, da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.

Segundo a Prof.ª Maria Beatriz, os temas “Sexualidade e Gênero”, “Religiosidade”, “Amizade”, “Direito à Cidade”, “Cultura”, “Rede de Solidariedade” e “Trabalho e Escola” estão na vanguarda de discussão da contemporaneidade e a proposta do CAJU é justamente perceber a relação dessas temáticas com saúde mental, trazendo a fala da juventude nas inspirações das ações promovidas pelo centro. 

O Centro de Atenção à Juventude (CAJU) é iniciativa da Bahiana que auxilia jovens de 15 a 29 anos, promovendo a saúde mental em conjunto com as políticas públicas e movimentos sociais voltados para juventude.

 

     


O fórum reuniu alunos e professores da Bahiana, além de integrantes dos coletivos parceiros do CAJU, entre eles, a Cipó, Adolescer com Arte, Bahianescer e os jovens aprendizes da Bahiana. Durante a programação, foi apresentada uma exposição de pôsteres dos estudantes da Bahiana participantes do Desenvolvimento do Ciclo de Vida 4 (DCV4) que fizeram um trabalho de campo visitando seis coletivos  de jovens  que trabalham com arte, poesia, cultura e mobilização social. O objetivo das visitas foi relacionar o trabalho desses coletivos com os conteúdos vistos no DCV4.

As atividades também compreenderam grupos de trabalhos nos quais foram discutidos os temas trabalhados por estudantes da Bahiana e ex-alunos, psicólogos formados e em formação. Ao final, cada grupo apresentou um produto da discussão.

“Apresentamos o pôster do DCV4, uma proposta diferente que, ao invés de fazer avaliação teórica, fomos para a prática, perceber no campo o que vemos na teoria. Relacionamos, no nosso pôster, a identidade, pois o nosso coletivo foi o Sarau da Onça, um grupo de jovens do bairro de Sussuarana que apresenta música e poesia e percebemos que eles afirmam muito na poesia a questão da identidade”, explica Mayara Borges, aluna do 4° semestre de Psicologia da Bahiana.

Segundo a coordenadora do Bahianescer, a Prof.ª Rosicleide Freitas, o fórum foi muito importante por discutir a respeito da inserção da saúde do adolescente na sociedade. “A adolescência é uma faixa etária meio esquecida pelos gestores públicos e o Bahianescer está presente nesse evento dando um apoio por ser um projeto da Bahiana que trabalha também com adolescentes em parceria com o Adolescer com Arte, que trabalha a questão do conceito ampliado de saúde, proporcionando outros espaços de lazer, cultura e discussões ampliadas com esses jovens”, relata.

     


A aluna do 4° semestre de psicologia da Bahiana, Lais Pimenta, explica que o trabalho do fórum foi incrível por sair do âmbito institucional que, por ser um faculdade particular, tem uma perspectiva totalmente diferente. Ela explica que sair dos livros e ver a realidade no campo foi enriquecedor até mesmo para repassar as vivências dentro do ambiente acadêmico.

“Nosso trabalho foi sobre a inscrição no campo social do adolescente, mediado por coletivos. Ficamos com a ONG Cipó que faz um pouco dessa inscrição através da comunicação. Foi extremamente importante sairmos dos livros para conhecer um contexto totalmente diferente, principalmente a Cipó que está localizada nas comunidades periféricas assistindo uma população com invisibilidade política”, explica.

“A importância do CAJU, nessa floresta, nesse pomar da Bahiana, é tão frutífero. O CAJU tem uma estrutura e uma intenção de continuidade, de processo e, como todo processo para todos da Bahiana, um ação educativa, social e, sobretudo, é uma atividade de extensão que traz muita esperança para a gente, porque lidar  com coletivos de jovens de outros lugares da sociedade, de outras comunidades e levar os nossos alunos que estão participando em massa dessa programação significa que a semente está sendo bem plantada internamente na nossa instituição”, finaliza a Prof.ª Luiza Ribeiro, coordenadora de Desenvolvimento de Pessoas da Bahiana.

Ao fim da programação, o Grupo Adolescer com Arte apresentou uma peça teatral.